segunda-feira, 11 de janeiro de 2010


"Quem sou eu como professor e aprendiz?" 

Mirian  Lula   

Acredito que sou um ser humano em ação e em constante transformação, aberto ás mudanças e inovações tecnológicas aja vista viver em uma sociedade industrial onde essa nova fase apresenta processos tecnológicos decorrentes de uma integração física entre ciência e produção, também chamada de revolução tecnocientífica. A escola não está e nem deve permanecer á margem das evoluções deste século, devemos caminhar com esses avanços, pois o nosso aluno tem uma facilidade incrível de lidar com todas essas inovações, enquanto nós professores encontramos alguma dificuldades para nos integrarmos nesse mundo interligado, onde estamos tão distantes das pessoas e ao mesmo tempo tão perto.

Como professor, sou um eterno aprendiz. Aprendo com meus colegas, com os meus alunos, meus superiores enfim. Em muitos momentos existem o choque de idéias, mais isso é importante, pois nos faz crescer e adaptar ás mudanças que a sociedade exige. Procuro na medida do possível atrair a atenção dos meus alunos, levando pra sala de aula uma atividade ou um tema que despertem o interesse deles, procuro dentro de cada tema trabalhado fazer aplicações pessoais, relacionar passado e presente valorizando cada situação vivida.

É importante como educador estarmos integrados, interligados, conectados, entender que a tecnologia não é nossa inimiga, que o computador não é artigo de luxo e sim, uma necessidade, que devemos neste mundo tecnólogo interagirmos com os nossos alunos.

De acordo com Eduardo Shinyashiki “a internet, muitas vezes, é vista como inimiga da educação. Retratada como um ambiente descontrolado onde sobra material pornográfico, inutilidades várias e artigos de cultura inútil. Mas alguns profissionais, atualizados com as evoluções no mundo da comunicação e da web, enxergam esse mundo possível com outro olhar: nessa terra sem lei, sobram oportunidades, mesmo que anárquicas, de conhecimento, ferramentas usáveis na sala de aula e fora dela, úteis na hora de manter o aprendizado dos alunos em momentos de diversão e descontração”.

SIMPLESMENTE MÍRIAN

SIMPLESMENTE MÍRIAN

ATIRE A PRIMEIRA FLOR

Atire a primeira flor


Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo;

Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz, traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada;

Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso; talvez não na forma de lábios sorridentes, mas na de um coração que compreenda, de braços que confortem;

Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se;

Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho, seja o primeiro a ensinar, começando por aprender você mesmo, corrigindo-se a si mesmo;

Quando alguém estiver angustiado à procura, consulte bem o que se passa, talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja; Daí, portanto, o seu deve ser o primeiro a aparecer, o primeiro a mostrar-se, primeiro que pode ser o único e, mais sério ainda, talvez o último;

Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la; quando a flor se sufocar na urze e no espinho, que sua mão seja a primeira a separar o joio, a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor;

Se a porta estiver fechada, de você venha a primeira chave;

Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja a primeira proteção e primeiro abrigo.

Se o pão for apenas massa e não estiver cozido, seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.

Não atire a primeira pedra em quem erra. De acusadores o mundo está cheio; nem, por outro lado, aplauda o erro; dentro em pouco, a ovação será ensurdecedora;

Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu ; sua atenção primeiro para aquele que foi esquecido; seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém;

Quando tudo for espinho, atire a primeira flor; seja o primeiro a mostrar que há caminho de volta, compreendendo que o perdão regenera, que a compreensão edifica, que o auxílio possibilita, que o entendimento reconstrói.

Atire você, quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor.